domingo, 18 de abril de 2010

Informações sobre funcionamento de audição

Estou postando aqui as informações complementares e importantes sobre o funcionamento da audição dos surdos, implantados e ouvintes, que recebi de um amigo e não hesitei em divulgá-lo. =)

"O IC só pode ser feito a quem tiver cóclea com estrutura anatômica normal. Não estou falando das deformações das células ciliares nem das células nervosas da cóclea, e sim da normalidade da estrutura fisica e complexa da cóclea, que é formada por um tubo cônico enrolado em forma de uma concha de caracol.


Vou explicar melhor a diferença entre essas células citadas acima, mas antes disso, tenho que explicar como funciona a passagem, a captação e a decodificação do som de um indivíduo com audição normal (ouvinte).

O som penetra no ouvido, continua e choca contra o tímpano. Este, ao receber a pressão, vibra e emite um eco, que se proparga no interior do ouvido interno. Uma parte do eco entra na cóclea e o restante escapa pela Trompa de Eustáquio, que leva o som até o nariz. A Trompa de Eustáquio funciona como uma válvula de escape de vapor de uma panela de pressão.


Querem fazer um teste para comprovar?

Então, emitam um som com a boca fechada e percebam por onde sai o som.

Por onde sai o som? Pelo nariz. Então, experimente também com a boca e nariz fechados. O que acontece? A PRESSÃO pressiona a cabeça e o pescoço todo, e a emissão do som da garganta trava, rs!

Que interessante! Continuemos, então…


Na cóclea, o eco atravessa toda ela. As células ciliares e nervosas desempenham suas funções. A célula ciliar é como a cabeça de uma escova de dentes virada para baixo. O eco passa pelas células ciliares. Estas balançam, identificam a potência e a frequência do eco, e transmitem a informação para as células nervosas. As células nervosas levam essas informações até o cérebro onde será decodificado o som.

A frequência (Hertz) é uma variação entre o agudo e grave. A potência é uma intensidade do som (em décibeis – dB).


A frequência aguda é detectada no início da cóclea e a frequência grave, no final. Quanto a potência, o ouvido normal consegue captar sons a partir de 20dB e os deficientes auditivos de cuja perda severa e profunda percebem o som a partir de 85db a 110dB.

Um indivíduo deficiente auditivo causado pela otite ou meningite têm células ciliares e nervosas danificadas. O grau de perda auditiva refere-se a quantidade de células danificadas. Quanto mais profunda for a perda auditiva, menos células saudáveis disponíveis.

Por isso, o implante cóclear serve para substituir essas células ciliares danificadas. Infelizmente destrói também as células ciliares normais e restantes. A inserção do fio na cóclea esmaga todas as células, deixando todo o canal coclear liso. Por isso os implantados nunca mais podem ouvir com os aparelhos convencionais.

Os implantados (IC) recebem os sons pela decodifição do aparelho auditivo e pelo choque elétrico do fio dentro da cóclea.


O som entra no aparelho auditivo (do IC) e é decodificado. O aparelho converte o som para o sinal. O sinal é transportado pelo fio metálico, que leva até a cóclea. A ponta do fio dentro da cóclea tem uns furinhos, como a ponta de uma metralhadora. É por esses furinhos onde saem os choques elétricos. São esses furinhos os 25 canais de frequência.

Uma criança implantada tem muito mais potencial para discriminar o som do que um adulto. Isso mesmo. As crianças conseguem compreender melhor a fala dos personagens dos desenhos animados.

Por quê? O organismo de uma criança ainda está em desenvolvimento e em crescimento fisico e intelectual. Por isso as células nervosas ampliam suas as conexões com as outras células, formando novas ramificações para realizar sinapses.

Quando uma criança é submetida a um implante cóclear, as células nervosas se desenvolvem na melhor forma possível, readaptando com o ouvido artificial.

Isso não ocorre com um adulto, porque ele já possuí as estruturas nervosas formadas, as quais não se desenvolvem mais, por isso não obtém o mesmo resultado das crianças implantadas. Aqueles que fazem o uso frequente dos aparelhos convecionais tem mais chances de se adaptarem ao IC.

Os adultos que nunca usaram os aparelhos convencionais dificilmente têm condições ao IC, porque as suas células nervosas não foram desenvolvidas. Ou seja, os fios emitem os choques elétricos, as células nervosas captam mas não consseguem realizar sinapses para propagar o sinal até o cérebro, porque sua estrutura é mal formada.

Ao submeter-se a um implante, tanto uma criança quanto um adulto, é de EXTREMA IMPORTÂNCIA realizar um treinamento intensivo com um fonoaudiólogo, para estimular as percepções sonoras e preservar as ramificações nervosas.

Para vocês terem uma ideia melhor. As células nervosas são como os músculos. Se os músculos não forem exercitados, eles atrofiam rapidamente; se eles foram exercitados, desenvolvem. Isso também ocorrem com as células nervosas, porém elas demoram mais para atrofiar ou desenvolver ou recuperar que os músculos. O perigo dela é quando atrofiar, pois dificilmente se recupera como antes.
 
Quando o implantado desiste do treinamento com um fonoaudiólogo, ele perde, em larga escala, a sua readaptação. Por isso, eles desistem de usar os aparelhos auditivos e responsabilizam o insucesso da operação."

1 comentários:

Bianca Volpato disse...

Olá...DAni...
eu ainda estou na dúvida de fazer outro IC...
então gostaria de conversar com tu, sobre a ideia, as experiências, a conclusões...por meio de comunicação entre bate papos pela net...ou pelo email, face, skype....enfim...aguardo tua resposta...pelo meu email (biancavolpato@hotmail.com)
Até mais, e boa sorte...

Postar um comentário